terça-feira, 15 de abril de 2014

EMERGÊNCIA (POEMA DE MÁRIO QUINTANA)

Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
_ para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.

(Mário Quintana. In: Apontamentos de história sobrenatural. São Paulo. Editora Globo)

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