domingo, 31 de agosto de 2014

NADA COMO A INSTRUÇÃO - "Rico estuda cinco anos mais." (CRÔNICA DE MOACYR SCLIAR)

               O senhor não me arranja um trocado?, perguntou o esfarrapado garoto com um olhar súplice. Outro daria o dinheiro ou seguiria adiante. Não ele. Não perderia aquela oportunidade de ensinar a um indigente uma lição preciosa:
              _Não, jovem - respondeu -, não vou lhe dar dinheiro. Vou lhe dar uma coisa melhor do que dinheiro. Vou lhe transmitir um ensinamento. Olhe para você, olhe para mim. Você é pobre, você anda descalço, você decerto não tem o que comer. Eu estou bem vestido, moro bem, como bem. Você deve estar achando que isso é obra do destino. Pois não é. Sabe qual é a diferença entre nós, filho? O estudo. As estatísticas estão aí: Pobre estuda cinco anos menos do que o rico.
              O menino olhava, assombrado. Ele continuou:
             _ Pessoas como eu estudaram mais. Em média, cinco anos mais. Ou seja: passamos cinco anos a mais em cima dos livros. Cinco anos sem nos divertir, cinco anos queimando pestanas, cinco anos sofrendo na véspera dos exames. E sabe por quê, filho? Porque queríamos aprender. Aprender coisas como o teorema de Pitágoras. Você sabe o que é o teorema de Pitágoras? Não, seguramente você não sabe o que é o teorema de Pitágoras. Se você soubesse, eu não só lhe daria um trocado, eu lhe daria muito dinheiro, como homenagem a seu conhecimento. Mas você não sabe o que é o teorema de Pitágoras, sabe?
            _ Não - disse o menino. E virando as costas foi embora.
            Com o que ele ficou muito ofendido. O rapaz simplesmente não queria saber nada acerca do teorema de Pitágoras. Aliás - como era mesmo, o tal teorema? Era algo como o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Ou: o quadrado do cateto é a soma dos quadrados da hipotenusa. Ou ainda, a hipotenusa dos quadrados é a soma dos catetos quadrados. Algo assim. Algo que só aqueles que têm cinco anos a mais de estudo conhecem.

(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001. p 25-6.)

sábado, 30 de agosto de 2014

DICAS DE ORTOGRAFIA - USO DO "Ç", "S" E "SS"

Quando a palavra primitiva termina em "do, to, dor, tor" a derivada é escrita com "ç".

Vejamos alguns exemplos:
Discreto: discrição
Descrito: descrição
Aflito: aflição
Afeto: afeição
Eleito: eleição
Canto: canção
Perfeito: perfeição
Intento: intenção
Agito: agitação
Extinto: extinção
Prescrito: prescrição
Restrito: restrição
Inscrito: inscrição
Aceito: aceitação
Predileto: predileção
Exceto: exceção

Anotado: anotação
Aproximado: aproximação
Iluminado: iluminação
Alienado: alienação
Estimado: estimação

Projetor: projeção
Locutor: locução
Sedutor: sedução
Instrutor: instrução

Animador: animação
Avaliador: avaliação
Procurador: procuração
Provador: provação
Pregador: pregação
Ventilador: ventilação
Decorador: decoração
Elevador: elevação
Admirador: admiração
Bajulador: bajulação
Traidor: traição
Criador: criação
Salvador: salvação
Comunicador: comunicação
Simulador: simulação
Malhador: malhação
Contador: contação 
Fiscalizador: fiscalização
Publicador: publicação
Realizador: realização
Numerador: numeração
Inspirador: inspiração

Se a palavra primitiva terminar em "der, ter, dir e tir", a derivada é escrita com "s" ou "ss".

Mais exemplos: 
Prender: prisão
Pretender: pretensão
Conceder: concessão

Prometer: promessa
Remeter: remessa
Converter: conversão
Arremeter: arremessa

Permitir: permissão
Emitir: emissão
Omitir: omissão
Discutir: discussão

Agredir: agressão
Progredir: progressão
Dividir: divisão
Explodir: explosão
Invadir: invasão
Colidir: colisão

O "s" entre as vogais tem som de "z"; e entre a consoante e a vogal não é preciso dobrar o "s".

O "ç" só é usado antes de "a, o, u".

É bom lembrar que toda regra tem exceção, por isso, aprendemos lendo muito e exercitando a escrita.


ESTRANHEZA DO MUNDO (FERREIRA GULLAR)

Olho a árvore e indago:
está aí para quê?
O mundo é sem sentido
quanto mais vasto é.
Esta pedra esta folha
este mar sem tamanho
fecham-se em si, me repelem.
Pervago em um mundo estranho.
Mas em meio à estranheza
do mundo, descubro
uma nova beleza
com que me deslumbro:
é teu doce sorriso
é tua pele macia
são teus olhos brilhando
é essa tua alegria.
Olho a árvore e já 
não pergunto "para quê"?
A estranheza do mundo
se dissipa em você.

PENTEADO, Ana Elisa de Arruda et. al. Para viver juntos: português, 8º ano: ensino fundamental. 3ª ed. São Paulo: Edições SM, 2012. p. 200

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

COMEMORAÇÃO DO DIA DO ESTUDANTE DA ESCOLA MUNICIPAL BENVINDA NUNES TEIXEIRA-GUAMARÉ/RN




















































O Dia do Estudante da Escola Municipal Benvinda Nunes Teixeira, em Guamaré/RN, foi comemorado com uma programação bem variada e interativa.

Às 7 horas os alunos chegaram à escola, concentraram-se para uma corrida ciclística passando pelas principais ruas. Em seguida, houve apresentação de peça, de Taekwondo e danças, seguida de oficina de pintura e filme (na área do Programa Mais Educação), volley de praia, futsal, sorteio de 3 bicicletas e uma feijoada.

O objetivo não era competir, mas estimular o exercício físico e a socialização numa programação saudável e com segurança.

Houve colaboração de todos: gestor e vice, professores, alunos, pessoal de apoio (limpeza, merendeiras, vigilantes, monitores do Mais Educação e inspetores de turno), guarda municipal.

A gestora Cleangela Melo agradeceu o empenho de todos e encerrou a programação às 13 horas.

Graças a Deus, tudo transcorreu de forma tranquila e satisfatória, pois as ações que foram traçadas no planejamento bimestral atenderam às expectativas. 

Eu não pedalo, mas amei ver a corrida e colaborei em outra ação. Também faço parte dessa história. Valeu, família Benvinda!

Apoio: Prefeitura Municipal/Secretaria Municipal de Educação/Secretaria de Esportes