Olho a árvore e indago:
está aí para quê?
O mundo é sem sentido
quanto mais vasto é.
Esta pedra esta folha
este mar sem tamanho
fecham-se em si, me repelem.
Pervago em um mundo estranho.
Mas em meio à estranheza
do mundo, descubro
uma nova beleza
com que me deslumbro:
é teu doce sorriso
é tua pele macia
são teus olhos brilhando
é essa tua alegria.
Olho a árvore e já
não pergunto "para quê"?
não pergunto "para quê"?
A estranheza do mundo
se dissipa em você.
PENTEADO, Ana Elisa de Arruda et. al. Para viver juntos: português, 8º ano: ensino fundamental. 3ª ed. São Paulo: Edições SM, 2012. p. 200
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