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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

CONVERSAS DE PÁTIO DE ESCOLA

Como é bom sentar no pátio da escola e ouvir os alunos! Surge sempre aquela conversa informal sobre a rotina ou novidades. É interessante! Aí se ouve dizer que fulano é o melhor professor, que sicrano é o pior; e tem o jovem que começa a olhar para a jovem no intuito de se aproximar para conhecê-la melhor. Depois vêm outros olhares, o próximo encontro. Também se ouve falar sobre a merenda, sobre o cardápio que é mais gostoso (salada de frutas, cachorro-quente, vaca atolada, sopa...), sobre os jogos interclasses, comentam ainda sobre a cola que compartilharam na prova, entre outros assuntos. Entre um "sobre" e "outro" constroem seus sonhos.

Assim, em meio a diferentes gostos, mais um dia letivo foi cumprido. Chega a hora de retornar para casa, e vai junto o desejo de voltar no dia seguinte para viver novas emoções na aprendizagem, novas experiências, além de formar novas amizades. 

Muitos relacionamentos amorosos começam na escola. Se o pátio falasse! Já presenciou diversas cenas durante muito tempo; ouviu reclamações, gritos, músicas, choro, confusão, brigas...

Conheço casais que foram meus alunos e estudavam na mesma sala de aula quando começaram o "love". Acompanhei casos de Romeu e Julieta dentro e fora da escola, porque em sua maioria os pais não permitiram por considerarem cedo, uma vez que deveriam se preocupar com o estudo. O amor venceu esses desafios; tornaram-se pais de alunos que frequentam o mesmo ambiente em que viveram esses belos anos, onde tudo girava em torno das batidas fortes do coração, das mãos frias, da voz engasgada e do perfume que exalavam, até se unirem e formarem uma família. 

Será que alguém tem dúvida que a história se repeteNo meu caso, só admirei o príncipe encantado, o romance nunca se concretizou, ficou no modo platônico. Hoje posso rir do passado e ver que foi engraçado, mas é uma situação igual a de tantas pessoas, afinal se repete, e podemos dizer que o amor é um dos adubos da vida. 

Dá para escrever um lindo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com este tema, cujas palavras-chave podem ser: escola, amor, pátio. Termino aqui deixando um gostinho de quero mais para que outros se identifiquem e continuem essa crônica. Acredito que enquanto houver pátio de escola haverá assunto para se registrar, porque é local de gente que se encontra, se olha, se abraça e caminha unida pela mesma voz interior, a do coração, porque amor não morre, floresce e frutifica.


domingo, 2 de agosto de 2020

É TEMPO DE OUVIR O OUTRO

    Estamos vivendo tempos difíceis com a pandemia, e ainda temos que vencer outros desafios diários na correria frenética da vida. Nossas crianças e adolescentes estão sendo bombardeados com as informações divulgadas pelas ferramentas tecnológicas. Junto vêm os questionamentos que eles fazem mediante o contexto atual. Isso é preocupante, tem mexido com a saúde mental, provocado ansiedade, insônia e depressão. Nós, na condição de pais, professores, cidadãos de bem, precisamos conversar com os filhos e alunos para entender o comportamento deles, compreender certas atitudes e reações, bem como, a fim de perceber angústias e conflitos. Sim, porque a máquina traz conhecimento, porém, carinho, atenção, solidariedade e amor são repassados através de diálogo. 
    As estatísticas comprovam que os pais dão bens materiais aos filhos, mas pode estar faltando nos lares a comunhão com Deus, sabedoria e aconchego familiar.
    Deus é nossa força, fortaleza, escudo, refúgio. É tudo isso e muito mais que cada pessoa precisa, pois o mundo nos ensina a buscarmos crescimento material, no entanto, o crescimento espiritual somos nós que devemos reconhecer tal necessidade. Devemos desfrutar do mundo sem esquecermos que buscamos algo nobre e superior, e esperar o tempo de Deus com paciência e esperança. 
    Não sei em quem você crê, como fundamenta sua fé, entretanto, vejo que precisamos dialogar entre familiares e amigos para ajudarmos nossas crianças e adolescentes.
    Juntos nossa força se torna maior, então, oremos por eles, aconselhemos e sejamos bom exemplos a serem imitados para o nosso bem e da sociedade.
    Bom dia a todos!
    Sintam-se abraçados por Deus e por mim.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

OS ADOLESCENTES PENSAM EM QUÊ?

Os adolescentes pensam mais no passado, no presente ou no futuro? Esta pergunta passa na minha cabeça e na de vocês, que são adolescentes ou adultos. Tudo leva a crer que a maioria pensa só no presente, e quer vivê-lo intensamente "como se não houvesse amanhã".

Eu reflito como mãe de adolescente, como líder de jovens e como professora. Acredito que eles vivenciam os anseios, sonhos, conflitos e angústias que os adolescentes de qualquer época, no entanto, vejo que a sociedade atual não está tão segura para protegê-los.

Querem os mesmos divertimentos, frequentar os mesmos lugares, mas há uma luta interior, à medida que tentam ajustar a vontade aos princípios. As barreiras e as arestas são as mesmas, porém, em algumas situações faltam o controle e o apoio de pais e responsáveis, que talvez se encontrem muito ocupados e não tenham como se dedicar inteiramente aos filhos. Ou se dedicam, mas chega o dia em que os jovens empinam o nariz e se acham donos de si, conforme consta na parábola do filho pródigo (Lucas 15:11-32), onde aparece o filho pedindo ao pai a parte que lhe cabe da herança, a fim de "cair no mundo e se realizar". Falso engano, falsa ilusão!

Às vezes dá tempo de se arrepender e voltar para casa, pedir ajuda, mas às vezes vai por um caminho sem volta. E assim, tantos jovens estão indo embora cedo e de maneira drástica. Que pena!

Ouço pais de alunos dizerem: _ Deixa ele(a) dar cabeçada como eu dei. A vida é quem ensina.

Eu me preocupo com esse pensamento, pois adolescente gosta de aventura. Por isso, pais, conheçam os amigos de seus filhos, os lugares que eles frequentam, e procurem dialogar e passar mais tempo na presença deles, bem como, encaminhem seus anjos, suas preciosidades, no evangelho. Orientem a frequentar grupo de jovens da igreja.

Existem dois caminhos: o da porta estreita e o da porta larga; o da vida e o da morte; o da salvação e o da perdição, entretanto, há setas de atalhos e desvios. Olhem para Jesus Cristo, o caminho certo. Ele foi jovem, entendeu que estamos no mundo, porém, não somos do mundo, e disse: _ Orai e vigiai, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca! Se Ele foi tentado, imaginem as sutilezas do inimigo, hoje em dia! É glamour, fama, sucesso, show... tudo efêmero. As pessoas com tanto dinheiro, e continuam vazias.

Salvemos as nossa famílias! Que possam ser blindadas a tempo! Deus não faz remendo na vida de ninguém; Ele renova.

Fiquem com Deus!


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

DISCIPLINA

Quando me faltava o apetite, mamãe insistia para que eu comesse, dizendo:
_ Coma, isso é para você crescer e ficar forte!
Quando eu ia procurar algo numa gaveta e não encontrava:
_ Se eu for aí, mostro que encontro.
Quando eu deixava uma luz acesa sem necessidade:
_ Eita, que a dona da COSERN chegou!
Quando eu esquecia de enxugar o banheiro:
_ Parece uma pata; deixa o banheiro alagado.
Quando eu queria obter algo rápido:
_ Calma, nem o mundo foi feito em um dia. 
Quando eu saía de casa:
_ Só queira o que for seu. Não mexa em nada dos outros. O que tem de ser seu, será.
Quando deixava um objeto fora do lugar:
_ Coloque no lugar que tirou.
Quando vir alguém mesmo desconhecido, cumprimente com "bom dia", "boa tarde" e "boa noite". Use sempre as palavrinhas mágicas. Aprenda a entrar e sair.
De tanto ouvir, aprendi, e valeu a pena seu discurso.

Ouvia também meu marido dizer a mesma coisa com meu filho à medida que fomos educando-o. MÃE é tudo igual. Por isso, sogra não é diferente; com certeza, aprendeu com a mãe dele.

Aprendi, então, que ter disciplina é ter bom senso. Cada um deve fazer a sua parte e não sobrecarregar o outro. Aprendi também que repreender e disciplinar é uma prova de amor de quem só quer o bem para o outro. 

Na bíblia há muitos versículos sobre disciplina. Um deles é: "...O que o ama, cedo o disciplina." Provérbios 13:24

Por faltar disciplina e diálogo em alguns lares é que sofremos consequências na sociedade. 

Eu me preocupo com a falta de disciplina que há na geração WhatsApp. Ninguém conversa nem quer ouvir conselho. E saber que futuramente, na terceira idade, eu estarei nas mãos dessa geração!

Agradeço a Deus por minha família, que foi minha base para ser o que sou. 

domingo, 7 de janeiro de 2018

A ESCOLHA DA PROFISSÃO NA ERA SMART

A vida é feita de escolhas. Esta é uma das poucas certezas da vida, bem como sabemos que um dia vamos deixar a vida terrena.

Não escolhemos nascer. Não optamos em nos tornar crianças, adolescentes ou idosos, mas são etapas que necessitamos cumprir. Não há como escaparmos dessa condição.

Aí, crescemos ouvindo familiares e amigos perguntando: _ O que você vai ser quando crescer? Até que um dia a “ficha cai”, e chega a hora de decidirmos.

Antigamente se fazia teste vocacional nas escolas. Os pais ofereciam aos filhos opções do tipo: ser engenheiro, médico, advogado, militar, professor, freira ou padre, porque sonharam com isso e investiram na carreira deles. Alguns, em se tratando de padre e freira, seguiram mais como promessa feita a Deus pelos pais, quando pediam que lhe desse um filho, em não se acharem férteis ou quando o filho sobrevivia, pois muitas crianças brasileiras morriam na hora do parto, bem como por motivo de doença comum na infância ou de desnutrição, antes de completar 1(um) ano de vida.

Outra geração seguiu determinada profissão, porque não tinha dúvida que era isso que queria para si. Era por amor mesmo. Porém, hoje, eu sinto que as pessoas escolhem na maioria das vezes, em se tratando do curso que o momento econômico lhes proporciona, por ser perto de casa e trazer vantagens financeiras que não exigem aperfeiçoamento, e mais ainda, por ter a vaga garantida por seu padrinho político quando terminar o curso.

De uma forma ou de outra, enfrentam o dilema de se questionar: vou ser o quê? Tempos atrás se podia sonhar com aposentadoria tranquila. Quem sabe, um dia, comprar uma casa com piscina, um sítio, uma casa na praia, um carro, um cavalo ou adquirir outro patrimônio, ter uma conta “gorda”!

Eu fui da geração do vestibular, da época que ter nível superior era ganhar numa loteria, pois era privilégio de poucos. Era difícil a luta pela sobrevivência na cidade grande. Ser do interior era como se tivesse vindo de outro planeta. Morar na capital gerava muitas despesas. Imagine tudo isso na década de 80, quando o Brasil já era conhecido como país subdesenvolvido!  Era isso que nos ensinavam nas aulas de Geografia. E agora eu vejo, com certa maturidade, como o Brasil era rico e sua riqueza era mal distribuída, pois levou décadas para falir. Gestores engordaram seu bolso e deixaram de investir no povo, seu maior patrimônio. Daí veio o atraso cultural.

Agora, as universidades vêm para o interior, há cursos universitários também a distância; o aluno tem ônibus escolar que lhe deixa na porteira do sítio. Livros didáticos e paradidáticos à disposição, e com tecnologia de fácil acesso.

Mas, onde ficou o sonho de ter uma profissão? Acredito que “muitos pais prepararam os filhos para ser apenas herdeiros”; expressão esta abordada pelo escritor Augusto Cury em um dos seus livros. Portanto, o que devo esperar de filhos que não suaram a camisa, que não apanharam ônibus lotado na capital, não estagiaram? Eu enfrentei essa realidade, por isso, valorizo o meu trabalho e minha profissão de professora, pois sei o que enfrentei. Meu pai, que se tornou médico na década de 70, também vivenciou a dificuldade.

Eu sei que valeu a pena ser estudante brasileiro na década de 70 a 90. Os jovens desse tempo tinham sonhos e neles persistiam. O que mudou com a informática? Revolucionou a vida no sentido de trazer conforto para dentro de casa, trouxe agilidade no raciocínio, mas o profissional ficou insensível. Há processos seletivos que exigem apenas títulos. E a prática? Alguém ficará de fora; fazer o quê? Não se preparou.

A máquina faz tudo para o homem. Ele praticamente só aperta o botão. E as facilidades do mercado estão aí: cheque especial, cartão de crédito, empréstimo, e vamos consumir! Mas, como tem sido o investimento no lado profissional? Quem é o povo que vai consumir?

Eu não culpo pais e filhos. Eu culpo o sistema excludente, que criava cursos profissionalizantes ou de nível superior, no entanto, não gerava empregos. Preocupou-se unicamente em desenvolver política pública assistencialista. E vai de mal a pior, pois quem vai às ruas e protesta, logo mais não terá representantes para dar continuidade à luta, às reivindicações. 

E, quais os cursos mais procurados atualmente? Direito, Informática, Odontologia, Nutrição, Serviço Social, Turismo, Publicidade, Pedagogia, Estética, Psicologia, Técnico de Enfermagem, Téc. em Meio Ambiente, Técnico em Segurança de Trabalho. A Medicina fragmentou-se, substituindo em parte o Clínico Geral. Por exemplo, na Ortopedia existe o médico especialista somente em cabeça e pescoço, ombro ou joelho. Na odontologia existe o ortodontista ou bucomaxilofacial. Vão surgindo de acordo com as necessidades do mercado e se adaptando à tecnologia.

Com todo esse avanço, percebo que à medida que o mundo das profissões abre o leque, e o governo abre cotas, o povo não abre a cabeça, não “interage”, não reflete, devido à praticidade do botão. Na verdade, não internaliza sonhos e valores. O que podemos esperar do mundo digital?

Sinto que várias pessoas têm conquistado título e dinheiro, mas vêm perdendo a essência, o respeito e os sentimentos. O homem conquistou o espaço sideral, entretanto, precisa ganhar no jogo da vida: dignidade, honestidade, fidelidade; superar a maldade e a falsidade. Não basta ter lucro, mas ter hora para ler poesia, ouvir música, dar abraço, aperto de mão e carinho à família e ao amigo, ter amor à profissão, e reconhecer que a vida é efêmera. Então, finalizo dizendo que vejo frutos, mas sinto falta das flores.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

BRINCADEIRAS E JOGOS NEGATIVOS

Eu confesso que fiquei estressada por alguns minutos ao observar crianças brincando com jogos virtuais. As palavras que ouvi repetidamente na ocasião foram: "matar, morrer, morreu". Para essas crianças, essa palavra banalizou de forma tal, que um elimina o outro, rindo, como se nada tivesse acontecido. 

Eu tive que dizer: _ Misericórdia! Expliquem o que é isso!

Dei-me conta desse perigo e estou preocupada. Falo como mãe, professora, cidadã, pois devemos tomar cuidado com o que entra em nossa casa. 

Vejo e ouço falar em violência, e  não sou obrigada a achar que isso é uma coisa normal. E as gírias que ouvi, nossa! Devemos aprender com o que é saudável, afinal, fica uma mensagem no subconsciente, e daí, podemos filtrar, escolher o que nos serve. 

Então, vamos ter consciência do que é positivo e negativo, do que nos bombardeia a todo instante, a fim de podermos salvar nossas crianças e adolescentes. Que estes não sejam alienados, mas que venham a ser construtores de um mundo melhor, porque é de paz que precisamos.

Continuarei meu desabafo outra hora. Por enquanto estou analisando esses jogos, essas mensagens. Depois não se entende por que as crianças, adolescentes e adultos estão nervosos, impacientes e sedentários, dominados por objetos "inteligentes", como dizem; quando na verdade é a nossa memória projetada ali, e de certa forma, manipulada.

Nós sabemos que violência sempre existiu, e que hoje a mídia divulga com rapidez e naturalidade, porém, é chocante repetir os erros, cometer as barbaridades que a história registrou em outra época. Pessoas são linchadas enquanto outros filmam.

É a geração do meu filho, do seu, dos nossos alunos. Uma geração de insensíveis. Ei, acordemos para a realidade! Precisamos dar um basta. Vigiar, ficar de olho, observar o que estão consumindo. Ou vocês preferem viver de modo virtual? Vão fazer de conta que nada está acontecendo? 

sábado, 27 de agosto de 2016

FAMÍLIAS BLINDADAS

Começo o texto citando uma frase de outra pessoa: "Um casamento forte raramente tem duas pessoas fortes ao mesmo tempo. É o marido e a esposa que revezam sendo fortes um para o outro nos momentos em que o outro se sente fraco." (Ashley Willis)

É raro, mas se ambos forem fortes, que maravilha! Se forem fracos, misericórdia! É bom que se encontre o equilíbrio.

Como é difícil a convivência entre dois seres que deixam pai e mãe e vão juntos começar uma família! 

O casal deve ter Deus no centro do seu lar, pois a união tradicional para produzir filhos foi direcionada por Ele. E assim, cada um traz uma carga genética que aliada ao temperamento necessita ser alicerçada para ter continuidade, resistência aos abalos.

E o inimigo do casamento inventa que existe a crise dos 7 anos e dos 14. Não tenha medo, ore por sua família, e esteja tranquilo(a). 

Seu casamento está em crise? Está sendo bombardeado por um lado e por outro pelo desânimo? Faça um seguro à prova de fogo! Ore bastante, lute por quem você ama, reconquiste seu par. Faça terapia de casal, participe de encontro de casais, peça conselho a pessoas com casamento estável, tenha paciência, aprenda a ouvir e respeite o outro para também ser respeitado(a).

Eu torço por vocês. Acreditem no amor e fiquem com Deus!



sexta-feira, 15 de abril de 2016

SOS PROFESSORES!

A profissão do educador em outras épocas já foi motivo de orgulho para esse profissional; hoje nem tanto. O professor era respeitado e admirado; hoje é desprezado. A tecnologia quase descarta-o. 

Os alunos estão impacientes, cada vez mais irreverentes na escola pública, mas também na rede privada; a diferença é que onde os pais estão pagando, sabem cobrar rendimento da escola, uma vez que mexem no seu bolso.

Alguns jovens viraram a cabeça e fazem da escola o seu palco: lugar de chamar a atenção para os problemas que trazem de casa, quem sabe, a separação dos pais, entre tantos fatores.

O notório é a decadência na sociedade, fruto desses desajustes. Insisto em dizer, pois em outros momentos, comentei neste espaço sobre a ausência da família na formação do caráter dos filhos. Menino pula muro para ir embora, consegue driblar o professor e ainda sai rindo.

A saúde do professor vai se desgastando. A paciência mais ainda. Os alunos naquela "caninga" ficam dizendo: 
Professora, são duas aulas, dê só uma.
Professora, não fale muito.
Professora, olhe esse menino mexendo comigo.
Professora, faça a prova objetiva. 
Professora, a atividade vale quantos pontos?

Professor(a) pra cá, pra lá: pense num nome doce!

Expõem os professores nas redes sociais, riem deles. 

Não adianta metodologia tradicional? Aplica a moderna. Esta não deu jeito, volta para o tradicional. 

É preciso chamar até a guarda municipal para dar um suporte na prevenção da violência. Aluno leva escondido na mochila objeto cortante. E a nossa segurança como fica?

O professor infarta, tem AVC (Acidente Vascular Cerebral), cria calo nas pregas vocais, e assim vai se preparando para futuramente receber o salário da aposentadoria para pagar remédios. Quer dormir, porém a adrenalina está em alta. É estressante sair de uma escola para outra na hora de cumprir a dupla jornada.

A aula é preparada com antecedência, leva-se um texto, no entanto nem todos absorvem a mensagem, porque estão viajando no pensamento com o corpo na cadeira e o espírito na novela, no jogo, no ensaio da quadrilha, no facebook, no whatsapp, no instagram, e por aí vai. E o aluno se estragando, acumulando mensagens sem refletir, sem questionar. Vem para a escola para não ficar com falta no diário de classe, mas a concentração é zero.

Assim caminham os estudantes. Chegam a sair da faculdade sem nunca ter entendido o que é uma vogal, uma consoante, um dígrafo, um ditongo, um hiato, monossílabos, dissílabos, trissílabos, oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas, frações, tabuada, raiz quadrada, raiz cúbica...

Minha área é a de Humanas: leciono Língua Portuguesa e História na era do internetês e dos escândalos da política no tema República. Eles não suportam regras, querem falar livremente gírias e abreviar as palavras. De política já "entendem" porque veem na mídia.

E assim foi o meu dia ontem, anteontem, na semana passada, no mês anterior e nos outros anos. Agora o corpo cansado pede para dormir, enquanto tento entender a cabeça desses alunos que só querem ter direitos. Logo mais entrarei em cena, porque o show não deve parar. 

Vamos tentar alcançar as metas, melhorar os índices da educação! Deus nos proteja! Amém!





quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A FAMÍLIA: PROJETO DE DEUS

Você me pergunta: -Qual a origem da família? E eu digo que é plano de Deus.

É maravilhoso ter um lar, uma costela para se encostar, se aquecer, um ombro para se apoiar, mas tudo isso é mais gostoso quando Deus está no comando e a família é planejada.

Nenhum casamento, união, relacionamento se sustenta sem diálogo, respeito e oração.

Não tem dinheiro que compre a felicidade de um lar.

Antigamente, casar era como se fosse ganhar numa loteria. Alguém pensava em se dar bem, casando com um médico, um engenheiro, um advogado, um militar, um professor (quando este era valorizado). Hoje, as mulheres buscam em primeiro lugar uma profissão, e o casamento e os filhos vêm como consequência de acúmulo de dinheiro. Tudo bem que a família precisa de estabilidade, porém o carinho é essencial.

E quando se pensa que os filhos chegam como acidente de percurso? Na verdade, quando Deus dá um filho, devemos receber com alegria,  pois o projeto de Deus é fantástico.

O casal precisa de maturidade para receber um filho, pois não é só colocá-lo no mundo, mas devemos encaminhá-lo na vida buscando sabedoria em Deus.

Muitos filhos se sentem rejeitados quando os pais falam que eles não deveriam ter nascido ou que nasceram fora de época. Aí, carregam essas informações para o resto da vida. Eles não devem saber se não estavam nos planos dos pais, pois vão se sentir um problema na vida do casal.

Depois acontece o quê? Vão chorar a perda do filho para as drogas e para o mundo. Morreu, vira anjo, pessoa boa, mas será que os pais  elogiaram alguma vez sua Bênção?
Vejo muitos rostos aflitos pedindo socorro, com lágrimas escorrendo pelo "leite derramado". Isso é comum numa reunião de pais em escolas.

Eu não aguento saber que algumas mães se separam e abandonam os filhos para ficar com o "homem" e "desaparecem do mapa". Trocam os filhos por sexo, porque se fosse por amor o filho seria aceito em casa. Filho é carne da nossa carne.

Necessitamos de filhos na sociedade para o equilíbrio do mundo e não para receber bolsa- família. Muitas vezes os filhos não veem esse dinheiro, não compram o lanche nem material escolar, enquanto a mãe compra celular ou crédito para o mesmo.

As políticas públicas são a participação do governo federal,  no entanto, depois do governo do céu vem o governo dos pais. Por falta do apoio do lar, a sociedade está pagando um preço caro devido a esses casos de abandono, rejeição e descaso.

Devemos salvar as preciosidades que Deus nos deu. Cheire, abrace e beije seu filho. Ainda dá tempo, vamos lá!

domingo, 9 de agosto de 2015

DIA DOS PAIS

Parabéns aos pais que cumprem bem seu papel, dentro ou fora da família! Pais de todas as idades, lugares, raças, profissões, religiões e de diferentes condições socioeconômicas.

Pais responsáveis e amigos, que não são provedores apenas de bens materiais, mas principalmente, de amor e carinho.

Falo aos pais heróis; aqueles trabalhadores ou os desempregados por força das circunstâncias. Eles arriscam a vida fazendo bicos em subempregos, a fim de garantir o sustento da família, ao contrário dos que se negam a pagar pensão alimentícia.

Deus ilumine seus projetos de vida!

domingo, 31 de maio de 2015

NOTÍCIAS DA ÚLTIMA HORA

Muita gente se surpreende por eu não postar notícias corriqueiras em meu blog. Para quê?
Dizer que houve mais um assalto a banco;
Mais um acidente em BR;
Falar de mais vítimas de acidente aéreo;
Mais pessoas envolvidas em corrupção;
Que surgiu mais uma virose;
Que a inflação está desenfreada;
Que a taxa de juros do cheque especial dobrou;
Que algum inocente morreu por causa de bala perdida;
Que a vida de mais um jovem foi ceifada por causa da droga;
Que a violência chegou às escolas;
Que a dengue está assolando o país...
Você está cansado(a) de saber disso. 

Quero falar do que falta:
amor, amor, amor nas famílias;
cura para as doenças;
esperança;
paz;
e lhe convidar a fazer alguma coisa para o mundo ser melhor.

Tantas igrejas abertas e tantos corações fechados!

Busque a Deus com oração e jejum, e vamos salvar nossa família!

Muitas coisas acontecem, enquanto você compactua com tantos valores que estão fazendo seu lar desmoronar sobre sua cabeça, e você aí, com a mente cauterizada, achando tudo normal. 

É isso mesmo, o enredo das novelas lhe dopa a ponto de achar tudo normal. Repense a sua vida, a novela que só você pode vivê-la.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

VIRANDO A PÁGINA

Hoje, dia 21 de maio de 2015, saí do trabalho às 22h e resolvi caminhar de volta à casa. Há dias que eu vinha apanhando moto ou voltava de carona com colegas professores. É gostoso andar no interior, à noite, "vendo a lua com seu brilho de aluguel". Passei por ruas simples que me fizeram lembrar a música Gente Humilde, de Chico Buarque. 

Vi pessoas na calçada, e a gente sai dizendo boa noite para conhecidos e desconhecidos. Como sou professora, acaba sendo todo mundo conhecido, pois quem eu não conheço me conhece. 

Vi o rio seco e gatos saboreando os resíduos que se encontram entre as folhas que a água vem trazendo. 

Vi crianças acompanhadas pelos pais, andando pela orla... pessoas em lanchonetes. E eu apressava o passo, pois ainda ia apanhar meu filho, que eu havia deixado na casa de uma amiga.

Nesse percurso pude ver ex-alunos, dei um alô. Alguns rindo, outros tristes devido à notícia publicada em um blog de que encontraram um colega da escola (ex-aluno meu) morto, depois de estar desaparecido há dias. Acompanhei-os para não andar sozinha numa rua deserta. 

Assim se deu a caminhada, até que encontrei três pré-adolescentes conversando,  e sem querer, ouvi um menino perguntando a uma menina: Se dissessem para você fazer dois pedidos, o que você iria pedir? Ela disse: - Meu pai de volta. E o outro pedido? - Minha bisavó de volta. Fechei meu dia com estas frases, pois no intervalo de cada atividade, hoje, como de costume, eu me lembrei da minha avó-mãe de 101 de idade; um dia fragilizada, outro renovada, preenchendo-nos com poesias, orações e o sorriso iluminado entre o sono e o descanso. 

Falo com meu esposo por telefone, que também está na capital. E tento dormir cedo, porém, a rotina da casa desvia meu raciocínio por um tempo. Aí, senti vontade de colocar tudo isso aqui, compartilhar com quem ainda está acordado, afinal, corremos tanto durante o dia, que para desacelerar não é fácil. Haja adrenalina! 

Bom, foi o dia do aniversário do meu pai. Meu crédito havia acabado e eu enviei apenas uma mensagem para o celular do meu irmão. Passei o dia em escola. Espero estar no final de semana com meu pai, minha avó-mãe, meu esposo e os demais parentes. 

Ah, esqueci de dizer que foi também o dia do aniversário de um grande amigo, membro da minha família. Ele não se encontra fisicamente entre nós, mas em nossa memória. E uma tia minha completou bodas de ouro. 

Dizer mais o quê? Foi também o dia do profissional de Letras. Esta parte é outro pedaço de mim. Obrigada pelas mensagens que me enviaram. 

Vou encerrar a digitação,  mas a cabeça ainda tem assunto para contar, por exemplo: recitei muitos poemas na aula sobre Romantismo, fiz lanche para meu filho, reguei umas plantinhas. 

Quero ver o homem ter a energia mental e física como nós mulheres! Segue-se a oração e o descanso, que será logo quebrado pelo despertador. 

Minha avó-mãe me diz que a nossa vida é um romance. Há quem diga que é uma novela. Acho que a minha está mais para uma crônica. No final, a nossa história se cruza em muitos pontos se colocarmos em um gráfico. 

Pode acreditar que deixei de falar mais coisas, senão, o dia iria clarear e eu estaria aqui digitando. 

Gente, já ia esquecendo que sou humana e tive a hora de refeição e higiene pessoal, além da meditação e da ginástica que faço cedinho. Cumpri todo o protocolo. Deus rende nosso tempo; é só sabermos usá-lo.

Caminhei, tão contemplativa, fazendo jus ao meu sobrenome Miranda (Mira/Anda), que esqueci de chamar a moto para me conduzir. E caminhando com o dinheiro na mão. Não é loucura! É culpa da adrenalina que me deixa a mil por hora. 

Na sequência, indago: escrevi para quem ler? Não sei. Deus é quem sabe. Como não tenho bola de cristal, vou repousar e deixar virar a página. 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

15 DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

Agradeço a Deus pela família que me trouxe ao mundo e pela família que pude formar em 12 anos de convivência e aprendizado.

O conselho que dou a quem estiver pensando em formar uma família é ter paciência. Esta é a palavra-chave de qualquer relacionamento e deve vir acompanhada do respeito e de oração, pois o lar é um espaço onde convivem pessoas que vêm de famílias diferentes, com costumes e herança genética diferentes, além de traços de caráter muito fortes.

Não esqueça de chamar Deus para ser o centro dessa família. Ele deve ser o melhor vinho que deve existir na festa matrimonial, que não se resume apenas em junção de corpos, mas também de sonhos. E o diálogo é outro fator essencial. 

Fique com Deus! Muita paz em seu lar!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

EXISTE O MARIDO PERFEITO? E A MULHER PERFEITA?


(Foto compartilhada do Facebook)


Não sei se você está tendo um relacionamento sério com alguém; se tem namorado(a), namorido, marido, esposa; se é solteiro(a), casado(a), viúvo(a), solitário(a), mas posso até supor que um dia você pensou em encontrar a pessoa ideal, a alma "gêmea". 

Eu asseguro que de A a Z você pode pensar em vários nomes, no entanto, ninguém traz a estrela na testa dizendo que é um ser perfeito. Se tiver esse pensamento é melhor esperar sentado.

É melhor fechar os olhos para algumas coisas, relevar, e abrir para outros, recheando de paciência, respeito e fidelidade, sabendo conviver com defeitos, erros e fraquezas.

Há um excesso de zelo(ciúme)? Parta para o diálogo. Lute por ele(a); reconquiste o(a). "Há tempo de discutir e tempo de perdoar; tempo de separar e tempo de juntar; tempo de perder e tempo de ganhar; tempo de guerra e tempo de paz". (Eclesiastes 3)

quinta-feira, 5 de março de 2015

CORAÇÕES PARTIDOS



Certo dia, ouvi um adulto dizer 3 (três) vezes: _ Quando eu me lembro que vou voltar para casa! Não foi em tom de alegria, mas de muita angústia. Eu não me contive de curiosidade e perguntei o motivo. Essa pessoa disse que são muitos os problemas. E percebi que se levantou também várias vezes para tomar um cafezinho como se fosse melhorar seu ânimo. Há quem descarregue na bebida ou maltrata o(a) parceiro(a) com palavras ou gestos.

Como é bom quando alguém conta as horas para voltar para casa e abraçar seus entes queridos! Mas, infelizmente a família está se esfacelando para alguns. E ali, naquela ocasião, outra pessoa tentou explicar o estado de espírito de seu colega de trabalho, enquanto ela também se referia a situações vivenciadas em seu casamento que se encontra também em crise.

O alcoolismo é um dos fatores de destruição de muitos lares, além da entrada (interferência) de uma terceira pessoa, crise financeira, o ciúme até das partidas de futebol... E eu pensei: _É triste saber que na fase de conquista do namoro um chama o outro de "bem, bem" e na separação é "bens, bens". A situação muda do vinho para a água.

E aí, como salvar o relacionamento? Vale a pena tentar a reaproximação? Cada um tem o direito de ser feliz. É preciso haver diálogo, paciência, perdão, respeito, saber relevar certas situações, haver renúncia e dividir o tempo para o casal, para o trabalho e para os filhos.

Que tal chamar Jesus Cristo para estar no centro do relacionamento, uma vez que o casamento é criação de Deus! Ele pode transformar a água em vinho.

Desejo paz em seu coração. 


domingo, 22 de fevereiro de 2015

PALAVRAS DE MÃE

É comum ouvirmos uma mãe dizer a um(a) filho(a):
Acorde, menino(a), vá estudar!
Coma para crescer e ficar forte!
Peça licença!
Diga obrigado(a)!
Vai resfriar.
Eu sabia que ia acontecer. Você procurou. Quem não ouve conselho dá nisso.
Vá num pé e volte no outro.
Agora você aprende.
Calce o chinelo!
Saia do sol!
Saia da chuva!
Se brigar na rua e apanhar, quando chegar em casa vai apanhar de novo.

Lembra de sua infância e adolescência? Talvez você tenha ouvido tudo isso da sua mãe e esteja repetindo com os filhos. Não é à-toa que se diz que toda mãe é igual; só muda o endereço.

A verdade é que coração de mãe não se engana. Mãe é intuitiva; ela tem algo especial que é profundo nesse "universo" dos filhos. Sem dúvida, Deus implantou este 6º sentido no coração da mulher.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Algumas coisas deveriam ser eternas (Luiz Gonzaga de Miranda Neto)

*Meu assunto inicial para o texto da semana seria a água, quer dizer, a falta dela e todo fuzuê que isso tem causado em nosso país. Mas ontem, ao visitar minha vozinha de quase noventa anos, fui tomado pelo desejo, quase que incontrolável, de falar sobre elas, as avós.
Se existem três coisas que deveriam ser eternas, essas são: o cochilo após o toque do despertador, a raspa da panela do brigadeiro e as avós. Quer mais um pedaço de bolo, meu querido? Obrigado, mas já tô cheio. Mas, meu filho, cê tá tão magrinho, coma. Engraçado, eu tenho quase noventa quilos e para ela eu ainda estou “magrinho”. Acho que é justamente nesse ponto que está a graça das avós. Esse cuidado. Esse carinho que cheira àquele perfume antigo que vinha no vidrinho, que as torna ainda mais perfeitas. Lembro-me de quando ela ia me buscar escola e na volta sempre comprava um churros. As vezes até dois. No capricho e com recheio especial. Me dá 1 real? Ela nunca perguntou para que era. Jamais titubeou em me dar alguns trocados para comprar baganas na mercearia da esquina – bons tempos em que 1 real dava para comprar muita coisa. Eu tenho a sorte de ter ambas as avós vivas até hoje. Na verdade, tenho a sorte de ter uma terceira avó, tia-avó, com quase cem anos, ainda lúcida, e uma bisavó com mais de cem anos – que por sinal, fará aniversário esse mês. Amor de vó nunca me faltou. E espero que nunca falte. Sabe, não sou católico mas acho que todas as avós do mundo deveriam ser canonizadas. Sério. Deveríamos fazer templos em homenagem à elas. Ao invés da Gioconda, Da Vinci deveria ter pintado sua avó. Ao invés de multiplicar pães, Jesus deveria ter multiplicado a cocada da vó Francina. Sua benção, vó. Deus te abençoe, te dê juízo e saúde. Sou grato, aliás, todos deveríamos ser gratos por elas terem carregado, por nove meses, as pessoas mais importantes de nossas vidas. Deveríamos ser gratos por terem escondido àquele vaso que quebramos ao jogar bola na sala, só para que seu pai não brigasse com você. Deveríamos ser gratos por terem costurado sua camiseta rasgada ou por ter feito aquela bola de meia para você brincar. Na verdade. Na mais pura verdade. Deveríamos ser gratos pelo simples fato delas existirem. Crendo em Deus ou não, as avós são o que há de mais divino na terra e, por isso, deveriam ser eternas. Nem que fosse apenas em nós.

Segunda-feira, 09 de fevereiro de 2015 - 15:12
Fonte: http://www.onatalense.com.br/algumas-coisas-deveriam-ser-eternas/

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

AS BRINCADEIRAS DO MEU TEMPO

Eu ouvia familiares dizerem que as brincadeiras do seu tempo eram outras, e quando me dei conta, eu também estava dizendo a mesma coisa. Brinquei de casinha. Era comadre da minha prima, fazia aniversário da boneca com o nosso lanche da tarde. Depois vieram outras brincadeiras: amarelinha, pula-corda, 31 alerta, tô no poço, resta 1, dominó, dama, queimada... Era uma infância tão inocente!

Não condeno totalmente a tecnologia, o mundo virtual, mas confesso que sinto saudades daquele tempo. Eu brincava de médica, sem maldade (kkkkkkk). Pegava caixinhas de remédio, fazia receita. E em cada brincadeira sentava mais um degrau da minha personalidade. Fui uma criança muito amada e repassei muito amor. Atualmente, vejo crianças e adolescentes rebeldes que trancam a porta do quarto e se fecham para o mundo. Acabam sendo pessoas amargas, mal resolvidas, impacientes e inseguras. 

Como professora, vejo reflexos dessa situação em sala de aula, onde percebo quem é equilibrado e quem é desajustado. Vejo pessoas realizadas que se encontram e se encantam consigo mesmas, no entanto, observo outras com a autoestima para lá de baixa.

Veio a geração Susi e a da Barbie para quem podia ter. Eu tive outra boneca e boneco (o Bob). Costurava roupinha, mantinha a casa arrumada, e assim, brincava todos os dias.

Vi morrer menos crianças e adolescentes. As pessoas tinham mais amigos, eram mais sensíveis e naturais. Hoje, elas se expõem nas redes sociais, porém há muita artificialidade nas ações e reações.

Para mim, o diálogo é essencial com olho no olho. Eu estranho muito. Olho para meu filho de 10 anos... ele já esquecendo os brinquedos, vestindo jeans; o tempo voou. Surgiram outros modelos de família, os valores sociais se perderam no tempo. 

Morava no interior e invejava muita coisa da capital. Tinha o rádio, a televisão e estava sempre contando com o apoio da família. Era feliz e não sabia que muitos gostariam de estar no meu lugar. 

A lição que ficou em meu subconsciente foi de que as coisas simples me trouxeram mais alegria em relação às sofisticadas, pois na simplicidade contei mais com a ajuda dos outros, enquanto a sofisticação me impulsionava a andar sozinha. Eu não nasci para ser ilha. E você diz o quê?


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

REFLEXÃO

(Imagem compartilhada do Google)


“Havia um homem apaixonado pelas estrelas. Para ver melhor as estrelas ele inventou a luneta. Aí, formou-se uma escola para estudar a sua luneta. Desmontaram a luneta. Analisaram a luneta por dentro e por fora. Observaram os seus encaixes. Mediram as suas lentes. Estudaram a sua física ótica. Sobre a luneta de ver as estrelas escreveram muitas teses de doutoramento. E muitos congressos aconteceram para analisar a luneta. Tão fascinados ficaram pela luneta que nunca olharam para as estrelas.”
                        Rubem Alves

Eu apliquei o texto acima, do escritor Rubem Alves, no planejamento em uma escola a qual trabalho, porque achei bem adequado à reflexão que tem sido feita com relação à crise que tem havido na educação, pois se interroga onde está o “X” da questão, e não é de hoje essa dúvida. Quando me formei a primeira vez há 28 anos, indagava-se: a culpa é da família? É da escola? É do sistema? É do gestor? É do livro didático? Não tivemos muitos avanços. Eu confesso que o mundo foi avançando em tecnologia e o aluno de hoje respeita mais a máquina do que o professor.
As crianças e os adolescentes brigam muito no ambiente escolar, no horário do intervalo. Mas nós aprendemos a ser pacíficos em casa, e se o aluno só vê discussão em casa? Ele ouve palavrão em casa, na rua, e traz para a escola.
Gente, o que está em crise é a família. Podem surgir teóricos e mais teóricos, mas uma família desajustada reflete na sociedade como um todo. 
Planejamos: vamos inserir na grade curricular um dia de aula para os pais ou responsáveis e complementar com etiqueta social. Sugere-se, convida-se, no entanto, os pais fogem da obrigação e jogam a responsabilidade na escola. Vamos fazer seminários, vamos envolver o nosso bairro, a comunidade. E poucos comparecem para uma simples reunião de pais.
O aluno da escola pública recebe merenda, fardamento, material escolar, transporte, educação integral, reforço escolar, os professores vivem em formação; porém, na casa do aluno, muitas vezes o trabalho não é continuado. Não podemos negar que essa crise atingiu a escola da rede privada, e para o aluno estudar, são usados muitos artifícios para atraí-lo com gosto, pois alguns estudam por obrigação, forçados.
Que geração é essa que está aí? Aprendi que tudo em excesso é veneno, e o que me preocupa é ver os alunos reféns do celular, do tablet, enquanto nós professores somos reféns do sistema que cobra que nós precisamos mostrar número de alunos aprovados.
Insisto em dizer que o problema maior está na família. Antigamente, um pai tinha 15, 18, 20 filhos de uma mesma mulher e pai e mãe controlam seus filhos, então, a história se repete, porque um dia se questionou sobre a televisão, que foi chamada de babá eletrônica, e hoje houve uma substituição da ferramenta pelo computador. 
Vale salientar que os pais são ausentes por trabalharem fora. Alguns saem e voltam e encontram o filho dormindo. No final de semana fazem hora extra ou o filho vai para a casa de um colega. Eu só sei que a luneta está fosca, consertam, compram uma nova, mas a estrela que tem que brilhar para mim é a família. 
      O que uma igreja é um lar é. Se ciar um pastor cairá a congregação. Se o lar for forte, aquele membro será uma fortaleza. Sendo assim, precisamos colocar Deus no centro da família. Existem forças estranhas, as trevas, e uma escola é um ambiente que absorve muita energia negativa e contrária, de forma semelhante a um hospital. Logo, eu oro antes de me dirigir ao meu ambiente de trabalho. Quão bom seria que todos se lembrassem do Autor da família, Deus! 
      A tristeza é que muitos vão deixando a família de lado. Vamos somar forças com oração, palestras, seminários, visita aos lares! Umas estrelas brilham mais que outras, mas não esqueçamos que Deus conhece todas pelo nome e nos busca por mais que fujamos. Ele quer o melhor para a nossa vida; cabe à humanidade colaborar. Como? Dando mais atenção aos filhos. Ouvindo-os, abraçando-os, cheirando-os, brincando, saindo para o lazer juntos, participando de momentos únicos, antes que a máquina nos substitua. Ninguém pode suprir o papel da família, pode só maquiar, imitar, lembre-se disso!