estrela e mar.
Por que havemos de ser unicamente humanos,
limitados em chorar?
Não encontro caminhos
fáceis de andar.
Meu rosto vário desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.
E por isso levito.
É bom deixar
um pouco de ternura e encanto indiferente
de herança, em cada lugar.
Rastro de flor e estrela,
nuvem e mar.
Meu destino é mais longe e meu passo mais
[rápido:
a sombra é que vai devagar.
MEIRELES, Cecília. Inscrição. In: Mar absoluto/Retrato Natural. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. p. 124
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