terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

QUEM SÃO SEUS HERÓIS?

Fiquei em dúvida na hora de intitular este texto. Não sabia se chamava de “Desabafo de uma mãe” ou “Coisas de mãe?”.

A verdade é que tenho me preocupado com os filmes, os jogos virtuais e animes que as crianças e adolescentes mantêm contato, passam horas assistindo ou jogando.

Observando-os, percebi que há uma onda de violência camuflada. Eles se envolvem com a mensagem que assimilam de forma sutil. Por exemplo, o ganhador é sempre pontuado por cumprir uma missão: a de eliminar o outro, vencer passando a perna no outro.

Por que penso assim? Ouço as crianças dizerem o tempo todo: matou, morreu... matou, matou, morreu, morreu. Nossa! Chamam isto de missão?

Na minha vivência como cristã, não os tenho como inspirados por Deus. Posso até causar polêmica, mas não é de hoje. Na minha adolescência, na década de 80, existiram outros heróis, mas eu soube filtrar as informações.

Na década de 90 surgiram outros. Parei para relacionar alguns deles e ver a censura. Naquela época eram as panteras, a Mulher Maravilha, o Super-Homem, O Batman, He-Man, Homem-Aranha, Os cavaleiros do Zodíaco, Pokémon. Eu confesso que nunca me sentei em frente à televisão, exclusivamente, para assistir. Eu optava por jogar dama e dominó, sabendo que dali também sairia um ganhador e um perdedor, porém, ríamos e conversávamos. Hoje, não, é só barulho e aperto de botão que tiram a paciência. E as crianças batem com a mão na parede, no colega, fazem de conta que atiram apontando o dedo em nossa direção.

Que divertimento é esse? Nada que traga relaxamento, e sim, que acelera e aguça o ego em busca de revanche, que eletriza qualquer pessoa, cegamente, com uma mistura de fantasia, ficção, mistério, exorcismo, pirataria, poderes sobrenaturais, combate e mitologia.

É interessante conhecermos a cultura de outras regiões, mas de forma dosada e não cultuando, pois sabemos que tudo em excesso é veneno.

Nós temos os gibis brasileiros. Que delícia ler a Mônica, o Cebolinha, o Cascão, a Magali, o Chico Bento, as nossas lendas, a garra do nosso indígena e do nordestino! O Brasil tem muito para mostrar ao mundo. Precisamos valorizar o que produzimos.

Pais, mães, responsáveis, vamos ficar de olho nos nossos filhos! E com as facilidades da internet, acabam entrando nesse mundo irreal. Herói é quem acorda cedo para trabalhar (garantir o pão de cada dia) honestamente, e quem dá a vida pelo outro.

Falei como mãe, e agora, falo como educadora, pois percebo os meninos agressivos na escola de ensino fundamental. Nos anos iniciais e finais não há diferença de comportamento em relação à idade. São crianças e adolescentes respondões, irreverentes e impacientes, que passam mais tempo em frente ao computador ou videogame do que lendo um bom livro da nossa valiosa literatura.

Penso dessa forma, porque vejo muita gente imitar a vida de protagonistas das novelas, imagine de um mundo irreal! Temos que viver a nossa vida e não a do outro, assumindo defeitos, carências, afinal, estamos nesse mundo para melhorarmos. Ninguém nasce herói perfeito. Entre os mortais, vamos imitar os atos bons dos nossos pais, do próximo. Vamos nos aperfeiçoar  imitando os bons exemplos. 

O meu herói é paciente, perdoa, salva, mas teve seus momentos de revolta e tristeza. Foi uma pessoa comum, passou fome e sede, tendo tudo a sua disposição, entretanto, nunca usou seu poder em benefício próprio. Ele me ensinou a vencer o mundo. Estou com Ele e sei que Ele não me larga. A Ele posso entregar meus sonhos sem medo de me decepcionar. Seu nome é Jesus Cristo. 

Tudo bem, continuem lendo, assistindo, com equilíbrio, sem fanatismo, com senso crítico e não apenas aceitando tudo o que chega de fora, que está longe da nossa rotina.

Jesus Cristo já foi de carne e osso. Espiritualmente falando, eu o vejo pelos olhos da fé, que é outro ponto a ser discutido. Concluindo, nEle eu confio, por isso não me apego a semideuses mitológicos. 

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