Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
_ Em que espelho ficou perdia a minha face?
Fonte: (In: Mar absoluto e outros poemas: Retrato natural. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. Citado em: OLIVEIRA, Gabriela Rodella de et. ali. A arte da palavra, 6º ano. 1ed. AJS Ltda. 2009. p. 168)
Nenhum comentário:
Postar um comentário