domingo, 29 de março de 2020

O TAL COVID-19

Nós podemos dizer que o COVID-19 é a nova versão de um vírus que existe há décadas, o corona, que possui formato de "coroa". Recebeu essa denominação, porque no final de dezembro de 2019 veio provocando uma pandemia, atacando humanos e levando-os à morte de maneira assustadora.

O mundo parou quando saiu decreto de autoridades brasileiras e estrangeiras determinando a quarentena, pedindo para a população ficar em casa com o propósito de evitar que o vírus se manifestasse em massa na mesma época, numa tentativa de diminuir a curva de contaminação, tendo em vista o que ocorreu na China e na Itália, onde houve o maior número de vítimas. Depois foi a vez dos Estados Unidos, Espanha, Inglaterra e agora espalha-se na África.

A doença não prioriza cor, raça e sexo, porém, fica de olho na idade. Ela destrói a vida de idosos e de crianças indefesas devido à fibrose nos pulmões, que traz dificuldade respiratória e com chance mínima da pessoa sobreviver se sofrer de diabetes, se for hipertenso ou acima de 60 anos. É o chamado grupo de risco.

Sabe-se que teve início na China em consequência do consumo de morcego na alimentação, por se tratar de ambiente frio e insalubre. Daí a necessidade de manter as mãos limpas com álcool gel 70% como prevenção e, ainda, evitar contato com espirro e saliva de alguém gripado. Havendo boa imunidade pode ser apenas um resfriado, entretanto, no paciente com defesa baixa é comprometedor.

Começa sendo uma gripe comum com febre, tosse e evolui para a pneumonia. Esta é a fase perigosa, porque falta equipamento que poderia auxiliar na respiração. É material caríssimo em que há pouca quantidade em relação à demanda para atender várias pessoas ao mesmo tempo.

É lamentável saber que as nações investiram para enfrentar guerra nuclear, no entanto, foram apanhadas de surpresa por agentes invisíveis, vírus. Esqueceram da saúde. 

Desde que a mídia noticiou o surgimento da doença, a situação vai se agravando em clima de pânico e terror, passando a tomar conta do emocional das pessoas; ou seja, o medo vai paralisando a sociedade, à medida que a mesma tenta seguir as orientações dadas pelos profissionais de saúde.

Os doentes começaram a amontoar os hospitais. Foi necessário fazer escalas para trabalhadores das empresas públicas e privadas seguirem a rotina do serviço.

Nas redes sociais passaram a circular vídeos contendo poemas, paródias, humor, além de áudios. 

O comércio foi fechado. Passou a oferecer serviço no modo delivery. A entrada de clientes em supermercados passou a ser controlada, bem como em restaurantes, cinemas, escolas, farmácias... Até as praias foram esvaziadas para evitar aglomerações.

Sequelas virão de tudo isso no corpo e na economia do governo nacional e internacional. Há muita incerteza no ar.

Pessoas religiosas retiram explicações da bíblia como conforto para controlar a ansiedade, a angústia e a confusão mental, apegando-se às profecias, entendendo que se trata do tempo do fim mencionado por Jesus Cristo em Mateus 24 e por João no Apocalipse.

E desse modo, cada dia de vida é celebrado com gosto, pois não se sabe como será o outro dia.

De uma coisa sabemos, estamos aprendendo com o distanciamento social a partir do fechamento das igrejas e dos demais lugares públicos. Reconhecemos a fragilidade do ser humano e nossa dependência de Deus, uma vez que ser cristão vai além de frequentar diariamente os cultos, missas, reuniões. A essência de viver o cristianismo é querer estar com Deus individualmente ou na coletividade. É sentir necessidade de proteção divina, e não se limitar simplesmente ao encontro costumeiro de irmãos de fé.

Enfim, o mundo parou, as famílias tiveram tempo para se encontrar em casa, longe da correria da agenda diária. Reforço que muitos religiosos estão encarando de certa forma como permissão de Deus para crescimento espiritual da humanidade. 

As pessoas passaram a valorizar as mínimas coisas: o abraço, o aperto de mão, quando sentiram falta ao manter a distância de 1,0 m (1 metro) ou 1,5 m (1 metro e meio) nas filas. Muitos voltaram a se sensibilizar, a chorar, quando há muito tempo isso não acontecia por estarem com o coração endurecido. Estavam materialistas, correndo atrás do lucro, esquecendo princípios, costumes, família, e hoje querem calor humano.

Os 15 dias de distanciamento social estão quase se estendendo para 30 dias, gerando inquietação, enquanto aguardam a normalidade.

Por um lado, o comércio explorando no preço da dipirona, do álcool gel e de máscara, quando algumas pessoas não têm um termômetro em casa, e por outro, os profissionais da área médica sem boas condições de trabalho, arriscando a própria vida em favor de outras, mediante a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

É o caos econômico e social. Precisamos nos unir.

Que Deus nos abençoe e nos dê sabedoria no rumo à vacina!

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