domingo, 31 de maio de 2015

A DOR É NOSSA AMIGA


(Fonte da foto: colunas.revistaepoca.globo.com)

Estive em uma fila de hospital, incomodada com a dor nas articulações, devido à virose, e ouvi uma pessoa que estava ao meu lado conversando com outra, dizendo: a dor é nossa amiga, pois ela nos diz onde precisamos melhorar no nosso corpo. No mesmo instante, pensei: "o pessimista diz que depois de um tempo bom vem a tempestade e o otimista diz que depois da tempestade vem o tempo bom." Esta pessoa é otimista e eu quero ser também. Por que reclamar?

De vez em quando vinha aquela dor. E olha que eu conheço a dor da cólica, da contração, da fisgada, da furada da prego, da picada de inseto e a dor da perda de pessoas maravilhosas. Os olhos marejaram... deu uma vontade de sair correndo, mas como? A dor lhe deixa impotente, ali no cantinho. Aí as palavras daquela pessoa me confortaram.

Processei as informações que captei como palavras vindas de um anjo e refleti: se tudo for um mar de rosas, não sentiremos falta de nada; a dor e o sofrimento fazem parte do nosso crescimento físico, emocional e espiritual. Quem nunca chorou não conhece o sorriso. 

Chora o rico e o pobre. Na dor as pessoas se igualam. 

Ao preparar este texto, li uma frase dita por Artur da Távola: "O choro existe para o homem não explodir."

Há 20 anos escrevi em um caderno a frase de um desconhecido, e agora me recordo; é esta: "você pode até esquecer de alguém com quem você sorriu, mas nunca esquecerá de alguém com quem você chorou." 

Vale chorar para desafogar, mas nada de lágrimas de crocodilo. O sentimento deve ser sincero e vir lá do fundo do peito, do coração, do infinito do ser humano, daquele ponto mais profundo que Deus tão bem conhece!

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