sábado, 6 de junho de 2020

SEMANA DO MEIO AMBIENTE


Ontem, 5 de junho de 2020, pude colaborar com a programação da Semana do Meio Ambiente em Guamaré, atendendo ao convite da Secretaria Muncipal de Urbanismo - SEMURB, para um momento de reflexão numa LIVE transmitida pelo instagram, às 11h.

O tema foi: "A consciência sobre a importância da conservação do bioma caatinga no nosso município."

Sou aluna do Curso de Ciências Biológicas-UFRN-EAD/Polo Guamaré. Conheço bem a cidade. E falar sobre esse bioma me deixa satisfeita, porque me é bem familiar, por ser potiguar e conviver com esse cenário.

A caatinga, no real sentido da palavra de origem indígena, significa "mata branca" ou "floresta branca". Não é uma vegetação instigante para ser apreciada, mas se observarmos os detalhes da fauna e da flora, veremos a riqueza da biodiversidade.

Digo que a aparência não é motivadora, devido ao clima seco, semiárido, de chuva escassa, plantas espinhosas, porém, não é por ter um aspecto de garranchos que vai ser menosprezada. 

A fauna é composta por: preá, peba, cobra, escorpião, gambá, calango (um tipo de lagarto), raposa...
A flora reúne velame, angico, mandacaru, xiquexique, palmatória ou palma, juazeiro, quixabeira, macambira, jurema, ameixa, coroa-de-frade, diversos cactos...

Muitas dessas plantas são usadas em lambedores e garrafadas pelos mais antigos moradores. Faz parte de uma tradição do chamado remédio caseiro.

O que nos preocupa como cidadãos guamareenses é a retirada da lenha para aquecer algum forno e para fazer carvão, além dos animais que são caçados para uso de refeição em casa.

A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro; corresponde a 10% do território nacional, cobre uma faixa de 850.000Km² que se estende pelos estados nordestinos e parte de Minas Gerais, que fica na região sudeste.

Essa vegetação em Guamaré já foi bem modificada, pois sofreu a ação humana desde o seu povoamento até os dias atuais.Também, trata-se de um município que teve sua fase pesqueira, salineira, petrolífera, e agora é a dos aerogeradores da energia eólica. É a velha história da ocupação do espaço em nome do progresso. Tudo isso desencadeia impactos ambientais.

O intuito da LIVE foi fazer tais considerações e despertar no cidadão guamareense o desejo de preservar a caatinga, a fim de garantir a sobrevivência das espécies e evitar o desequilíbrio ecológico.

Sabe-se que se fosse uma empresa privada seria mais fácil de ser uma área monitorada, entretanto, é a céu aberto, uma vegetação de todos que a ela têm acesso.

Cada pessoa pode ser um fiscal dessa situação e não esperar apenas pelo IDEMA e IBAMA, que são órgãos fiscalizadores da flora e fauna, respectivamente, bem como esperar ação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guamaré. 

A caatinga é um patrimônio, por isso, a natureza agradece todo o cuidado em mantê-la viva.

Eu costumo dizer que Deus nos empresta a terra, então devemos devolvê-la em boas condições para outras pessoas desfrutarem de suas belezas naturais. Pensem nisso! Tenham consciência!

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