quarta-feira, 29 de maio de 2013

HUMANIZAÇÃO

            Acredito que estou empregando o termo correto, pois com tanta modernidade há mudança de nomenclatura e talvez eu esteja fora de moda. O que sinto é a necessidade de aulas de etiqueta social; bem que poderiam ser inseridas no currículo. Não estou dizendo que nas escolas da rede privada só estudam anjos e santos, mas os alunos se sentem mais intimidados com os tipos de advertência e punição que são aplicadas.
          A ideia que se tem é que não se pode fazer muita coisa, devido o aluno ser menor de idade, e também acaba se tornando um problema, como se fosse uma perseguição política, porque em cidade do interior é assim que um pai entende o tratamento com seu filho.
            Então, dentro da minha experiência de coordenadora, que já fui nas modalidades ensino fundamental anos finais e médio, e como professora, que ainda sou, não sei até quanto continuarei em sala de aula.
            Alguns alunos não querem respeitar a hierarquia da escola, portanto, meu discurso é: nós recebemos salário pelo pagamento de nosso trabalho, mas acima de tudo, somos seres humanos, temos sentimentos e princípios. Os alunos dizem palavrões com os colegas na frente dos professores, havendo dessa forma uma grande falta de respeito. Preciso saber quem está errado, uma vez que até os anos 90 eu me deparava com alunos mais educados. Os educandos vão no ritmo da tecnologia; além do barulho, isolam-se da convivência familiar, entregam-se às máquinas. E aí, o professor vai fazer o quê? Falamos pacientemente, porém, não é só questão de falarmos em tom alto ou baixo.
            Sou professora e mãe, e no meu filho eu posso bater, puxar orelha, deixar de lado as coisas que ele gosta, mas paira no ar uma sensação de que a violência tornou-se uma coisa tão banal, que a mente das pessoas está cauterizada, e não quer receber conselho, e uma repreensão com muita classe não está causando muito efeito. Os pais dizem assim: _ Professora, eu não sei mais o que fazer com meu filho. Logo, fica tudo mais difícil.  
            Devemos tomar cuidado para não traumatizarmos nem expormos o aluno por este ser menor de idade. Quer dizer que nós educadores, maiores de idade, podemos morrer de contrariedade? Damos aulas de cidadania, explicamos sobre ética e desacato, mas falta alguma coisa. Eu acho que por trás do arco-íris está a resposta, caminhando a passos lentos, mas existe a escola dos meus sonhos, e sei que não estou sonhando sozinha. Vamos nos tornar mais humanos, aqui fica o apelo para pais, filhos e comunidade escolar.

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