Tenho 50 anos. Aos 35
comecei a sentir fortes dores musculares. Já passei por vários ortopedistas e
reumatologistas, excelentes médicos. Fui diagnosticada com tendinite (comecei com o desconforto nas mãos, pouco tato); depois veio osteoartrite, fibromialgia.
O corpo tenso e dolorido. Cada nome mais bonito que o outro. Aí me recomendam
analgésicos e anti-inflamatórios. Fiz fisioterapia e acupuntura por um bom
tempo.
Eles explicam que não há
muito a ser feito, pois é uma somatória da postura no trabalho com traumas de quedas
sofridas, e que o corpo sente o peso da idade. Fui digitadora muitos anos e
ainda sou professora. E para completar, tive Zika. Acabei de crer que esta
doença não vem de Deus. Acaba com qualquer criatura. De certa forma
potencializou o que eu já sentia.
Poxa vida, acordo rígida! (A chamada rigidez matinal). Faço alongamentos todos os dias, antes de sair para o
trabalho, porém, o próprio estresse da rotina contribui para intensificar o
problema. Jamais coloquei atestado por causa desses sintomas. Pelo contrário,
tomo remédio e compareço à sala de aula. E tenho a dor de cabeça como aliada, entretanto, o paliativo resolve por um tempo, aí dou conta do recado. Os alunos, alguns
nem desconfiam, uma vez que eu deixo meu saco de problemas lá fora e entro no
mundo mágico da Língua Portuguesa e da História.
De sexta-feira até hoje,
terça, apresentei dores nas costas, que vêm aumentando, irradiando para o
pescoço. Trabalhei normalmente, ainda que me sentindo travada. É uma sensação
horrível. Fiquei girando igual a um robô. Por conta própria, fiz massagem em
casa, tomei analgésico e anti-inflamatório, mas como isso tudo mexeu com meu
humor, estava incomodada com minha cara de choro, então decidi ir ao hospital,
onde recebi mais um diagnóstico: lombalgia/cervicalgia. Tomei injeção de Voltaren e Decadron com Complexo B e ficarei tomando um medicamento durante a semana. O médico
começou a escrever atestado para mim, no entanto, dispensei, porque tenho que
trabalhar amanhã. Preciso encerrar o ano letivo.
Bom, cada um descarrega seus
problemas, involuntariamente, em um ponto. Já vi que eu sou na parte óssea,
muscular. E nesse histórico, sofro com ar-condicionado, friagem.
Resolvi dividir meu desabafo
com muitos que se encontram na mesma situação que eu. Podemos compartilhar e ganhar
força escrevendo, passando para o papel, digitando, uma vez que não é manha o que
sentimos. Dor é dor e ninguém discute. De repente podemos formar um grupo para
depoimentos, e podemos enviar para estudo de alguma Universidade. Você topa o desafio?
O engraçado nesse dilema é que prefiro me exercitar mais e mais, trabalhar; parece que o relaxante muscular não faz tanto efeito. Eu me sinto elétrica. E você, que sabe de algo semelhante, conhece mais alguém assim, diz o quê? Acredito que um dia a Medicina vá nos agradecer por termos testado suas descobertas. Vamos lá!
O engraçado nesse dilema é que prefiro me exercitar mais e mais, trabalhar; parece que o relaxante muscular não faz tanto efeito. Eu me sinto elétrica. E você, que sabe de algo semelhante, conhece mais alguém assim, diz o quê? Acredito que um dia a Medicina vá nos agradecer por termos testado suas descobertas. Vamos lá!
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