do mar
o chão para o mar
o chão reproduz
com o mar
O chão pare a árvore
pare o passarinho
pare a
rã - o chão
pare com a rã
o chão pare de rãs
e de passarinhos
o chão pare
do mar
O chão viça o homem
no olho
do pássaro, viça
nas pernas
do lagarto
e na pedra
Na pedra
o homem empeça
de colear
advém de lagarto
e não incorre em pássaro
Colear induz
para rã e caracol
Colear
sofre de borboleta
e prospera
para árvore
colear
prospera
para o homem
O homem se arrasta
de árvore
escorre de caracol
nos vergéis
do poema
O homem se arrasta
de ostra
nas paredes
do mar
O homem
é recolhido com destroços
de ostras, traços de pássaros
surdos, comidos de mar
O homem
se incrusta de árvore
na pedra, do mar.
Fonte: BARROS, Manoel de. Gramática Expositiva do Chão. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2004, p.31-34.
Também já foi publicado pela Ed. Civilização Brasileira (1990); Ed. Record (1999); Ed. Leya (2010);
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