sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

ACENDENDO A CHAMA (POESIA DE SAMARA)

Eu pergunto ao Criador,
que fez o sábio coração,
que mistério é fator
de tamanha perfeição?

O que esse órgão tem
de diferente da mão?
Dele sai o mal e o bem
e também ódio e perdão.

Ele é todo de poesia
estando doente ou não.
É simplesmente alegria
no gigante ou no anão.

Ele bate tum, tum, tum...
Mantém aceso o olhão,
mas um dia faz bum!
Aí se apaga o clarão.

Ele parece ser minúsculo,
mas cheio de sentimento.
É chamado de músculo,
tão protegido do vento.

Morada de música,
ele está em qualquer um
de forma íntima ou pública
tocando zum, zum, zum.

Com ele o corpo acalma
de modo especial,
pois como enlevo da alma
não existe outro igual.

Para mim, poesia é canção.
Para outros, torna-se luz
Ele brota do coração
de onde também seduz.

Quem neste mundo
não tem poesia dentro se si?
É só mergulhar fundo
como estou fazendo aqui.

Não dá pra separar
poesia e coração,
está na boca, no lar
de quem tem emoção.

Se você está cantando
já é poesia que sai do eu.
Se você está contemplando
o mesmo aconteceu.

Vamos salvar uma vida
espalhando poesia
no lazer ou na lida
até o raiar do dia.

O mundo está sofrido
por falta de alegria
e meu coração partido
por falta de poesia.

A humanidade se esquece
de manter acesa a chama,
por isso o amor perece
da vida que não ama.

Vamos poesia criar,
expressar no verso
e o mal suavizar
neste século perverso.

Samara Gadelha de Miranda.


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