sábado, 26 de julho de 2014

26 DE JULHO - DIA DOS AVÓS

(Foto compartilhada do Google)

Eu fui criada por meus avós. Conheço bem esta realidade. É sinônimo de superproteção, cuidado, zelo e dedicação ao extremo. Sabe por quê? Porque quando a pessoa é mãe ou pai, e “tem uma reca” de filhos, não dá tempo de dar atenção a todos como gostaria.  

No meu caso, a minha avó paterna me pegou para encaminhar na vida com 20 dias de nascida, depois de haver criado 9 filhos, ter tido dois abortos e dois morreram ainda bebês. Então, depositou todo o carinho que estava acumulado de anos e anos, pois os filhos saíram cedo de casa para estudar e casar. Eu fui privilegiada por desfrutar por mais tempo, e principalmente, quando mais precisei me desenvolver como pessoa e profissional.

Quais são os cuidados exagerados? Minha mãe-avó dizia:_ Não suba em árvore. Não vá nadar. Cuidado, o mar não tem cabelo. Saia do sol. Saia da chuva. Saia do vento. Calce o chinelo. Vista um agasalho. Não coma isso, não coma aquilo.

Coração dos avós é de compreensão, perdão, doação, aceitação. A minha adivinha até meus pensamentos. Está pronta a me defender com unhas e dentes.

Uma frase diz que em casa de avó tudo é possível, por exemplo: comer suspiro, beijinho de coco, brigadeiro, tomar refrigerante, tomar sorvete, comer biscoito recheado, quebrar a dieta. Quem é que não gosta desse afago? Sem contar que alguns avós têm as balinhas já guardadas só esperando chegarem.

O avô se deita no chão para rolar com os netos, após se aposentar, e assim vai corujando com cada neto que chega. E a babação fica completa se homenagearem avô e avó colocando o nome deles nos netos. 

Onde é que os avós erram? Quando enchem os netos de direitos e não cobram os deveres. Ou então, fazem o papel que deveria ser deles, negando-lhes a responsabilidade.

Nós sabemos que tudo que fazem é com a melhor das intenções, porém, devem exigir mais do que facilitar a vida do outro.

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