(Foto compartilhada do Google)
Eu fui criada por meus avós. Conheço
bem esta realidade. É sinônimo de superproteção, cuidado, zelo e dedicação ao extremo.
Sabe por quê? Porque quando a pessoa é mãe ou pai, e “tem uma reca” de filhos, não dá tempo de dar atenção a todos como gostaria.
No meu caso, a minha avó
paterna me pegou para encaminhar na vida com 20 dias de nascida, depois de
haver criado 9 filhos, ter tido dois abortos e dois morreram ainda bebês. Então, depositou todo o carinho que estava acumulado
de anos e anos, pois os filhos saíram cedo de casa para estudar e casar. Eu fui
privilegiada por desfrutar por mais tempo, e principalmente, quando mais precisei me desenvolver como pessoa e profissional.
Quais são os cuidados
exagerados? Minha mãe-avó dizia:_ Não suba em árvore. Não vá nadar. Cuidado, o mar não tem
cabelo. Saia do sol. Saia da chuva. Saia
do vento. Calce o chinelo. Vista um agasalho. Não coma isso, não coma aquilo.
Coração dos avós é de
compreensão, perdão, doação, aceitação. A minha adivinha até meus
pensamentos. Está pronta a me defender com unhas e dentes.
Uma frase diz que em casa de avó tudo é possível, por exemplo: comer suspiro, beijinho de coco, brigadeiro, tomar
refrigerante, tomar sorvete, comer biscoito recheado, quebrar a dieta. Quem é
que não gosta desse afago? Sem contar que alguns avós têm as balinhas já guardadas
só esperando chegarem.
O avô se deita no chão para
rolar com os netos, após se aposentar, e assim vai corujando com cada neto que
chega. E a babação fica completa se
homenagearem avô e avó colocando o nome deles nos netos.
Onde é que os avós erram? Quando enchem os netos de direitos e não cobram os deveres. Ou então, fazem o papel que deveria ser deles, negando-lhes a responsabilidade.
Nós sabemos que tudo que fazem é com a melhor das intenções, porém, devem exigir mais do que facilitar a vida do outro.
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