segunda-feira, 14 de julho de 2014

O BRASIL SE DESPEDE DA COPA DO MUNDO 2014

O dia 13 de julho de 2014 foi um momento histórico para o futebol mundial o qual bilhões de telespectadores estavam com o olhar voltado para uma bola que corria em campo, e atrás dela o sentimento unânime de pessoas fanáticas no mundo inteiro como se Klose, Messi, Neymar e tantos outros decidiriam o destino não só da Copa do Mundo, mas do próprio mundo, e no fim, muitas surpresas!

O esporte é assim: uma caixinha de surpresas: algumas boas, outras ruins. A vida não é diferente: é uma situação antagônica, um misto de alegria e tristeza, e dessa forma, durante um mês, assistimos, acompanhamos a evolução dos jogos, vibramos e choramos juntos.

Aprendemos ainda, que se houve perda para uns é porque houve lucro para outros. É hora de tirarmos lições de tudo que vivemos: dos sorrisos, das lágrimas, da paciência, da agressão, da organização, da interação, da coragem de competir, da disciplina, da humilhação e de colhermos os frutos positivos.

Na verdade, houve um aprendizado, pois quem ganhou aprendeu com quem perdeu e vice-versa. No entanto, não aconteceu só tragédia nas disputas, mas o começo de muitas oportunidades, a abertura de novos horizontes, a geração de empregos, a parceria, o puxão de orelha dos técnicos nos treinos, a descoberta de novos talentos, o alerta de que não conseguimos ser o 3º lugar na final e em outros setores da sociedade. Mediante tal realidade, lembro de um texto do escritor Fernando Sabino, que diz: "de tudo ficaram três coisas... a certeza de que estamos começando... A certeza de que é preciso continuar... A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar... Façamos da interrupção um caminho novo... Da queda, um passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um encontro!"

Eu complemento, dizendo: amadurecemos com os erros. Portanto, vamos pensar diferente, ter um novo conceito de que nessa Copa não houve ganhadores ou perdedores, mas aprendizes que de mãos dadas caminham ao encontro da paz mundial. 

Reconheçamos que os jogos não perderam a essência de que já nascemos competindo entre escolher nascer ou viver, e nesse intervalo existe o acordar. Vamos acordar para as mudanças! Para o avanço, para acabar com as doenças, a corrupção, o analfabetismo, as drogas, a prostituição infantil, os acidentes de trânsito, a fome, a violência. Quando tivermos esta consciência, aí sim, será o gol universal, afinal, somos todos irmãos, e os jogos poderão ser apenas divertimento e não jogar dinheiro para fora dos cofres públicos sem um bom retorno para o país.

O Brasil não competiu só com a bola, mas com as potências econômicas, e literalmente falando, nossa nota é zero, para que sirva de estímulo e os políticos nos devolvam a dignidade e resgatem a nossa autoestima, de que como brasileiros, não nos envergonhemos, de modo que não precisemos esperar mais 4 anos para mostrar que somos o que não somos porque já fomos.

Queremos um Brasil padrão FIFA para as escolas, os hospitais, e que possamos sentir orgulho de sermos canarinhos, voltarmos a cantar: "este é um país que canta, trabalha e se agiganta; é o Brasil do nosso amor", onde as pessoas depositem sua confiança primeiramente em Deus, porque feliz é a nação cujo Deus é o Senhor", e não a que espera apenas pelos deuses do futebol.

Nosso desejo é que o Brasil possa produzir cientistas e não unicamente, futebol, carnaval, samba, e exportar mulheres bonitas, porque capacidade, temos, e muita fé.

Então, é hora de acordar, Brasil, "mostrar a tua cara", para que o meu filho de 9 anos, seus amigos e sua geração tenham o direito de ser livres e felizes, de podermos "deitar e rolar em berço esplêndido", e que não seja um conto de fadas, mas a nova história do Brasil que eles irão contar e escrever a partir de agora.


Nenhum comentário: