Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo, elas serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
(CORREIA, Raimundo. In: LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO, 8. Coleção enem & vestibulares - o passo decisivo para sua aprovação. Português II, gold editora, p.38)
(CORREIA, Raimundo. In: LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO, 8. Coleção enem & vestibulares - o passo decisivo para sua aprovação. Português II, gold editora, p.38)
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