Sempre deixei as barbas de molho
porque barbeiro nenhum me ensinou
como manejar o fio da na navalha
sempre tive pulga atrás da orelha
porque nenhum otorrino disse
como se fala aos ouvidos das pessoas
sou um cara grilado
um péssimo marido
nove anos de poesia
me renderam apenas
um circo de pulgas
e as barbas mais límpidas da Turquia
Chacal. In: Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006. p.72. In: CEREJA, William Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens, 1. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p.112.
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