Cadê você, que cuidou de mim e suas memórias me dizia?
Cadê você, que sonhou para mim enquanto eu dormia?
Cadê você, que lá da poltrona me sorria?
Eu passava, cheirava, abraçava e lhe ouvia.
Cadê você, que me encheu de doce e para todos fazia?
Cadê você, que só me ensinou coisas boas a cada dia?
Cadê você, que na fé a Deus recorria?
Cadê você, que me ensinou a falar, a brincar, a cantar, a orar? E era feliz aonde ia.
Cadê você, que chorou comigo tantas vezes e de perto não saía?
Cadê você, que me ensinou poesia?
Cadê você, que me sorri da fotografia?
Cadê você, que agora é mais saudade? Quem diria!
Cadê você, que me ensinou lindas melodias?
Cadê você, que com seu sim a Manoel tanta gente geraria?
Cadê você, com aquela mão macia?
Já sei. Foi viajar como Deus queria.
Na despedida eu estava lhe fazendo companhia.
Minha mãe Luísa, o que sinto agora, antes também sentia.
Família, minha dor é sua dor, não ria!
Eu sabia que com alguém me identificaria.
Porque vivemos uma realidade e não uma fantasia.
Samara Gadelha de Miranda, 11 de setembro de 2016.
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