quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A MINHA ENTREGA A DEUS


No dia 29 de janeiro de 1987, batizei-me na Igreja Adventista do Sétimo Dia, no Bairro Nordeste-Natal/RN. Hoje a Igreja tem outra estrutura, é linda, mas naquele dia era mais simples. Eu estava muito feliz! Eu não buscava luxo ou riqueza; queria estudar a Bíblia e repassar meu conhecimento em hospital, penitenciária e favela, e assim, fui dar meu recado.

Passei a fazer parte dessa denominação depois de frequentar 4 meses uma Conferência Evangelística. Foi uma programação bem diferente. Havia palestras sobre saúde e estudos bíblicos numa tenda. Uma prima minha chegou a perguntar se era um circo, pois o cenário era feito de lona, um palco e cadeiras. Um dia, ela fechou a porta para eu não ir, entretanto, consegui sair. 

Como vim da igreja católica, da tradição da minha família, fui criticada por minha decisão, mas fui me fortalecendo cada vez mais na fé, compreendendo que devemos apresentar a criança a Deus, pedir sabedoria para encaminhá-la na vida e deixar que ela tome a decisão do batismo quando entender bem o significado dessa cerimônia. 

Fui batizada pela vontade da minha avó-mãe quando eu era bebê; agora era eu quem fazia a escolha. Segui o exemplo de Jesus Cristo, seu IDE, sua ordem. Aquele dia foi meu novo nascimento, porque o mundo é muito atrativo. Ele nos atrai, mas entendi que a glória deste mundo foi oferecida por Satanás a Jesus Cristo no deserto quando Ele se batizou, no entanto, Jesus Cristo rejeitou a proposta maligna por amor a nós. 

Atravessamos muitos desertos, porém, eu contemplo os oásis que a vida eterna está preparando não só para mim, mas para todos que quiserem mergulhar na água da vida, nesta fonte inesgotável. Vale a pena fazer uma entrega total da vida a Deus. 

Não tive atraso nenhum em meus projetos de vida; ao contrário, vieram mais bênçãos. Ouvia as pessoas dizerem que eu estava perdendo minha juventude na igreja. Que nada! Ser jovem é saber que tenho a eternidade para desfrutar; aqui é apenas um estágio. Graças a Deus o pastor que me batizou continua firme na fé. Ali, no tanque batismal, pude ouvi-lo pedindo a Deus para escrever meu nome no livro da vida, e em seguida, a igreja cantou. Eu saí dali tão leve! 

Já tive dias difíceis, mas sigo em frente, nunca desanimei na fé. Ocupei vários cargos na igreja, fiz muitos sermões e visitas missionárias, dei muitos estudos bíblicos, e quero que Deus me dê mais oportunidades enquanto tenho fôlego. 

Obrigada a todos que me acompanham desde 1988. Aprendi a não temer o futuro, a não ser que nos esqueçamos de que até aqui nos ajudou o SENHOR.

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