O rio Amazonas é o maior do mundo,
mas o rio do Tanque é o menor,
(Deslizava na fazenda de meu irmão)
O rio Doce banha terras amargas
de maleita, ferro e melancolia.
O córrego da Penha, esse, coitado,
mal fazia um poço raso
onde a gente, fingindo, se banhava.
Talvez porque me faltasse água corrente,
Hoje a tenho represada nos olhos
e neste vago verso fluvial.
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia. Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 2002.
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