domingo, 18 de setembro de 2016

EMBORA SONETO (TEXTO DE ARTUR DA TÁVOLA)

Vivo meu porém
No encontro do todavia
Sou mas.
Contudo
Encho-me de ainda
Na espera do quando
Desando ou desbundo.
Viver é apesar
Amar é a despeito
Ser é não obstante,
Destarte
Sou outrossim
Ilusão, sem embargo
Malgrado senão.

BARROS, Paulo Alberto M. Monteiro de (Artur da Távola). Calentura. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 17 In: INFANTE, Ulisses. Textos: leituras e escritas: literatura, língua e produção de textos. Volume único. São Paulo: Scipione, 2004. 429.

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