quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Você acha bonito ver alguém falar em público? Gostaria de ser um bom orador, de melhorar sua oratória? 

Quando você é chamado para ir à frente de um grupo de pessoas, em uma reunião, em um seminário, é do tipo que fica com as mãos e os pés suados, dá vontade de ir ao banheiro, as pernas tremem, o coração dispara, a pele do rosto fica vermelha e a voz embargada? Estou falando com a pessoa certa. Eu também já fui assim, e por ter perdido muitas oportunidades, aprendi a vencer esses obstáculos, e quem sabe, ajudarei a lhe tranquilizar.

É nervosismo? É tudo isso e ao mesmo tempo nada....A verdade é que acha que sabe tudo e na hora dá um branco. Muitas pessoas têm a mesma sensação e algumas procuram fazer curso de oratória.

Eis algumas técnicas que aprendi  com a rotina da minha profissão e atuação no trabalho missionário: pesquise bastante o tema que lhe é proposto; prepare o texto; ensaie na frente de alguém da família, da escola, da igreja ou de um espelho, quantas vezes achar necessário, até se sentir segura; mentalize, revise, principalmente com um relógio de lado se souber quando tempo terá para se expressar diante de um número "x" de pessoas.

O maior conselho que lhe dou é ter humildade, uma vez que a exaltação pode atrapalhar, de tanto a pessoa se preocupar em falar corretamente, preocupando-se também com a imagem e a postura. Não fique olhando para cima ou para baixo, encare cada um que estiver na sua presença. Procure ser o mais natural possível. Isso também serve para quem canta. Pode ser um mestrando, um doutorando na hora de defender uma tese, fogem as palavras se deixar dominar-se pela tensão e pelo orgulho.

Eu iniciei minha vida no interior. Aos 13 anos, fui morar na capital. Estudei inglês, espanhol e alemão, mas minha formação na Universidade foi em Língua Portuguesa, sabe por quê? Porque eu tinha vergonha da minha fala, do meu sotaque pesado e arrastado, por ver assim representado na televisão quando faziam chacota com os nordestinos, e ainda fazem. Aos 20 anos, lá estava eu na Universidade de São Paulo-USP em um curso de Especialização, poderia ter aproveitado mais, no entanto, falava o suficiente, pois eu me bloqueava quando sabia que era a minha vez de falar. Sentia-me bloqueada ao ver olhares na minha direção.

Hoje, passados "vinte e uns anos", amadureci, e não ligo mais para isso. Conscientizei-me que sou professora, e qual é a ferramenta mais importante que possuo? Minha voz. O que me ajudou mesmo, graças a Deus e a todos que me deram oportunidade de falar, foi a escala de sermões da igreja e aulas particulares que também realizei durante anos. Fui ficando calma, e conquistando meu espaço.

Então, o segredo é esse: enfrentar o medo, pois longe dos alunos, do meu grupo de evangelismo e de um microfone "sou um peixe fora d'água". Esse é o meu mundo. E o mais gratificante é ver alguém balançando a cabeça confirmando que está gostando. Só precisamos de oportunidade para irmos mais longe.

É isso aí, apresente-se para seu público, vá em frente. Não pense que o outro sabe mais que você, pense que estão no mesmo nível de conhecimento, compartilhando ideias, crie o clima de parceria, procure interagir com os ouvintes e verá o retorno imediato. Se errar, disfarce, não perca tempo se explicando, corrigindo o erro.

Vamos partir para a prática? A vez agora é sua, fique à vontade.

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